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CNBB lamenta decisão do STF sobre aborto de bebês anencéfalos
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), logo após a conclusão do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira, 12, sobre a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 54, que descriminaliza o aborto de bebês anencéfalos, emitiu nota oficial lamentando a decisão.
No texto, os bispos afirmam que “Legalizar o aborto de fetos com anencefalia, erroneamente diagnosticados como mortos cerebrais, é descartar um ser humano frágil e indefeso”.
Leia a íntegra da nota:
Nota da CNBB sobre o aborto de Feto “Anencefálico”
Referente ao julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 54
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB – lamenta profundamente a decisão do Supremo Tribunal Federal que descriminalizou o aborto de feto com anencefalia ao julgar favorável a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental n. 54. Com esta decisão, a Suprema Corte parece não ter levado em conta a prerrogativa do Congresso Nacional cuja responsabilidade última é legislar.
Os princípios da “inviolabilidade do direito à vida”, da “dignidade da pessoa humana” e da promoção do bem de todos, sem qualquer forma de discriminação (cf. art. 5°, caput; 1°, III e 3°, IV, Constituição Federal), referem-se tanto à mulher quanto aos fetos anencefálicos. Quando a vida não é respeitada, todos os outros direitos são menosprezados, e rompem-se as relações mais profundas.
Legalizar o aborto de fetos com anencefalia, erroneamente diagnosticados como mortos cerebrais, é descartar um ser humano frágil e indefeso. A ética que proíbe a eliminação de um ser humano inocente, não aceita exceções. Os fetos anencefálicos, como todos os seres inocentes e frágeis, não podem ser descartados e nem ter seus direitos fundamentais vilipendiados!
A gestação de uma criança com anencefalia é um drama para a família, especialmente para a mãe. Considerar que o aborto é a melhor opção para a mulher, além de negar o direito inviolável do nascituro, ignora as consequências psicológicas negativas para a mãe. Estado e a sociedade devem oferecer à gestante amparo e proteção
Ao defender o direito à vida dos anencefálicos, a Igreja se fundamenta numa visão antropológica do ser humano, baseando-se em argumentos teológicos éticos, científicos e jurídicos. Exclui-se, portanto, qualquer argumentação que afirme tratar-se de ingerência da religião no Estado laico. A participação efetiva na defesa e na promoção da dignidade e liberdade humanas deve ser legitimamente assegurada também à Igreja.
A Páscoa de Jesus que comemora a vitória da vida sobre a morte, nos inspira a reafirmar com convicção que a vida humana é sagrada e sua dignidade inviolável.
Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, nos ajude em nossa missão de fazer ecoar a Palavra de Deus: “Escolhe, pois, a vida” (Dt 30,19).
Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBBDom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBBFonte: CNBB
6 comentários:
O Q SE ESPERA DE UMAS PESSOAS DESSAS...ELES SIM SÃO SEM CEREBRO...ESSE É O NOSSO VERGONHO PAIS...
parece que tudo virou comércio, as clinicas que vão lucrar com isso. deveria pensar no ser humano como um todo e não individualmente.
Cara!!!
Deveria ter abortado esses que votaram!!!
Já pensou???
Que bem seria para a Humanidade!!!
É fácil decidir a vida dos outros!!!
é triste...
não pensam no próximo...
não é com eles... é fácil falar e ficar tomando decisão sobre a vida dos outros...
Temos que falar... não podemos ficar calados.
Nossos poderes são acéfalos de ética e moral.
Nossa presidente (sim, presidente) mudou a flexão das palavras para ser chamada de "presidenta", enquanto o "poder", que só o tem porque Deus ainda tem paciência, fica decidindo sobre a vida e morte. Brasil, olha pra cima! Deus, tenha misericórdia do teu povo...
Decidir contra a vida de outros, é ser superficial a sua própria vida, é esquecer que um dia foi um feto, que um dia foi concebido e um dia foi gerado por nove meses. Decidir contra o nascimento de um ser humano é ter vergonha de si mesmo, das atitudes mais simples da vida, como andar, falar, respirar, é ter vergonha de ser sensato, correto, é esquecer quem somos, e para que aqui estamos como filhos de Deus. Mas não desanimemos, tenhamos coragem de defender a vida, e dizer SIM a vida. Deus nos ilumine e nos guarde. Amém!
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